História do Jiu Jitsu no Brasil

Mitsuyo Maeda, conhecido como “Conde Koma”, foi um grande praticante de Judô, sendo estudante de Jigoro Kano, o fundador do Judô. Em 1904, junto com outros estudantes do Judô, Maeda saiu em uma viagem pelo mundo para disseminar o Judô, passando pelos Estados Unidos, demonstrando na Academia de West Point, continuando para Cuba, México e América Central, em suas viagens também aprendeu o Catch Wrestling (predecessor da Luta Livre Olímpica e Pro Wrestling) e chegou ao Brasil em 1915; uma excursão de lutadores nipônicos aportou em Manaus para dar início à missão liderada por Maeda, de disseminar o judô no Brasil; um dos japoneses, Sanshiro “Barriga Preta” Satake, ficou-se em Manaus e abriu a primeira academia de Judo do Brasil que foi no Atlético Rio Negro Clube, Maeda foi para Belém do Pará, onde fixou residência, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Koma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa.

Maeda ensinou um grupo que incluía Luiz França, futuro professor do mestre Oswaldo Fadda. Ambos deram início a outro ramo do Jiu-Jitsu no Brasil.

Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no judô (na época, ainda conhecido como “Kano jiu-jitsu”) o meio de realização pessoal que lhe faltava. Com dezenove anos de idade, transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes fisicamente.

Em 1925, voltando ao Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia Gracie de jiu-jítsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua família.

Com o objetivo de provar a superioridade do jiu jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie desafiou grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos. A família Gracie lutava em combates de Vale-tudo, onde não haviam regras, lutas terminando pelo nocaute ou finalização.

Lutando contra adversários vinte, trinta quilos mais pesados, os Gracie logo conseguiram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, com uma formação que enfatizava a especialização: após a queda, levava-se a luta ao chão e se usavam os golpes finalizadores.

Ao modificar as regras internacionais do judô e jiu jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de estilo, ou esporte, reconhecido na história de modalidades brasileiras exportadas para o mundo anos depois, a arte marcial passou a ser denominada de gracie jiu-jitsu e depois veio a surgir o Brazilian jiu-jitsu, sendo exportada para o mundo todo, até mesmo para o Japão.
Hélio Gracie passa a ser o grande nome e difusor do jiu-jítsu, formando inúmeros discípulos, dentre eles Flavio Behring. George Gracie foi um desbravador, viajou por todo o Brasil, no entanto estimulou o jiu jitsu principalmente em São Paulo, tendo como alunos nomes como Nahum Rabay, Candoca, Osvaldo Carnivalle, Romeu Bertho, Otávio de Almeida, e o grande percursor no Estado de Pernambuco Jurandir Moura e dentre outros.

Royce Gracie e Rickson Gracie, filhos de Hélio Gracie, foram pioneiros a levar ao Jiu-Jitsu para os Estados Unidos e Japão, nos primeiros torneios de MMA: o UFC, Vale Tudo Japan, Pancrase e Pride FC.

Paralelamente, Luiz França também fixou-se no Rio de Janeiro onde ensinava a “arte suave” na zona norte da cidade. Em 1937, começou a ensinar a arte para Oswaldo Fadda, que conquistou a faixa preta cinco anos depois. Fadda abriu sua academia em Bento Ribeiro em 1950. Em 1954 desfiou os Gracie e foram organizadas lutas entre os alunos das duas escolas. Os alunos de Oswaldo Fadda venceram a maioria destas lutas.

Deste ramo do jiu jitsu brasileiro iniciado por França e Fadda vem, o Grande Mestre Luiz Carlos Guedes faixa vermelha 9º grau, os mestres vasco bento 8º grau e Wilson Mattos (da “Equipe Mestre Wilson”), Wendell Alexander (co-fundador da Academia Nova União junto com André Pederneiras) Mestre Gustavo Souza, Júlio Cesar Pereira, um dos fundadores da GFTeam (Grappling Fight Team). Cirval Justino (Clube Condor). Em suas academias/equipes, hoje presentes em vários países, estes mestres formam atletas de destaque tanto no BJJ quanto no MMA (tais como: José Aldo, Leonardo Santos, BJ Penn, Ronaldo Souza, Renan Barão entre outros).

Agora que você já conhece um pouco mais de como começou nosso esporte no Brasil. Que tal saber um pouco mais sobre nossos mestres? Só clicar em cima dos nomes.

OSS!!

Documentário raro da História do Jiu Jitsu

Mitsuyo Maeda (Conde Koma)

Conde-Koma

Conde Koma e seus primeiros alunos no Brasil

Maeda e Primeiros Alunos no Brasil

Carlos e Helio Gracie

Carlos e Helio Foto Historica

Luis França

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